quinta-feira, 16 de julho de 2009

FREVO


O Frevo é um ritmo pernambucano [1] derivado da marcha, do maxixe e da capoeira. Surgido no Recife no final do Século XIX, o frevo se caracteriza pelo ritmo extremamente acelerado. Muito executado durante o carnaval, eram comuns conflitos entre blocos de frevos, em que capoeiristas saíam à frente dos seus blocos para intimidar blocos rivais e proteger seu estandarte. Da junção da capoeira com o ritmo do frevo nasceu o passo, a dança do frevo.

Até as sombrinhas coloridas seriam uma estilização das utilizadas inicialmente como armas de defesa dos passistas.

A dança do frevo pode ser de duas formas, quando a multidão dança, ou quando passistas realizam os passos mais difíceis, de forma acrobática. O frevo possui mais de 120 passos catalogados.

Pode-se afirmar que o frevo é uma criação de compositores de música ligeira, feita para o carnaval. Os músicos pensavam em dar ao povo mais animação nos folguedos. No decorrer do tempo, a música ganha características próprias acompanhadas por um bailado inconfundível de passos soltos e acrobáticos.

domingo, 5 de julho de 2009

BRASÃO DE PERNAMBUCO


O brasão de Pernambuco foi oficializado pelo governador Alexandre Barbosa Lima, em 1895.

Significado

* Leão - bravura do povo pernambucano
* Ramos de algodão e de cana-de-açúcar - riquezas
* Sol - luz cintilante do equador
* Estrelas - municípios

Ainda estão no brasão o mar e o farol de Olinda.

Na faixa, aparecem as datas históricas mais importantes do estado: 1710 (Guerra dos Mascates), 1817 (Revolução Pernambucana), 1824 (Confederação do Equador) e 1889 (Proclamação da República).

sábado, 16 de maio de 2009

Leão do Norte


Sou o coração do folclore nordestino
Eu sou Mateus e Bastião do Boi Bumbá
Sou o boneco do Mestre Vitalino
Dançando uma ciranda em Itamaracá
Eu sou um verso de Carlos Pena Filho
Num frevo de Capiba
Ao som da orquestra armorial
Sou Capibaribe
Num livro de João Cabral
Sou mamulengo de São Bento do Una
Vindo no baque solto de Maracatu
Eu sou um alto de Ariano Suassuna
No meio da Feira de Caruaru
Sou Frei Caneca do Pastoril do Faceta
Levando a flor da lira
Pra nova Jerusalém
Sou Luis Gonzaga
E eu sou mangue também


Eu sou mameluco, sou de Casa Forte
Sou de Pernambuco, sou o Leão do Norte

Sou Macambira de Joaquim Cardoso
Banda de Pifo no meio do Canavial
Na noite dos tambores silenciosos
Sou a calunga revelando o Carnaval
Sou a folia que desce lá de Olinda
O homem da meia-noite puxando esse cordão
Sou jangadeiro na festa de Jaboatão
Eu sou mameluco...

domingo, 12 de abril de 2009

HINO DE PERNAMBUCO


"Salve! Oh terra dos altos coqueiros!
De belezas soberbo estendal!
Nova Roma de bravos guerreiros
Pernambuco, imortal! Imortal!

Coração do Brasil! em teu seio
Corre o sangue de heróis - rubro veio
Que há de sempre o valor traduzir
És a fonte da vida e da história
Desse povo coberto de glória,
O primeiro, talvez, no porvir.

Esses montes e vales e rios,
Proclamando o valor de teus brios,
Reproduzem batalhas cruéis.
No presente és a guarda avançada,
Sentinela indormida e sagrada
Que defende da Pátria os lauréis.

Do futuro és a crença, a esperança,
Desse povo que altivo descansa
Como o atleta depois de lutar...
No passado o teu nome era um mito,
Era o sol a brilhar no infinito
Era a glória na terra a brilhar!

A República é filha de Olinda,
Alva estrela que fulge e não finda
De esplender com seus raios de luz.
Liberdade! Um teu filho proclama!
Dos escravos o peito se inflama
Ante o Sol dessa terra da Cruz!"

quarta-feira, 11 de março de 2009


Ser Pernambucano é:

- Ser acusado justamente de que somos os mais megalomaníacos dos brasileiros e de estarmos no topo de um tal de IGPM (Índice Geral de Pouca Modéstia).

- Ter a mania de dizer que tudo daqui é melhor!(e não é mesmo???)- Dizer de boca cheia que o Shopping Center Recife é o maior da América Latina;

- Falar também que o Chevrolet Hall é a maior casa de show da América Latina;

- Ter a maior avenida em linha reta do mundo - a Caxangá, no Recife;

- Ter a maior feira ao ar livre do mundo – a de Caruaru

- Ter também o maior teatro ao ar livre do mundo: Nova Jerusalém, no município de Fazenda Nova, onde é encenada na Semana Santa o espetáculo A Paixão de Cristo.

- Ter a mais antiga sinagoga da América Latina - fica no Bairro do Recife, situado na ilha de Santo Antônio.

- Ter o maior paraíso do mundo e poder dizer com todas as letras: Fernando de Noronha é NOSSA!

- Saber que Recife é um dos grandes pólos de informática e de medicina do Brasil;

- Saber que O Galo da Madrugada é o maior bloco carnavalesco do mundo (conduz mais de 1,5 milhão de pessoas nas ruas do Recife), de acordo com o Livro dos Recordes;

- Ter orgulho do nosso São João que é o maior e melhor do universo;

- Ter O Diário de Pernambuco como o jornal mais antigo da América Latina;

- Passar um tempo fora, chegar na capital e cantar: "Voltei Recife, foi a saudade que me trouxe pelo braço, quero ver novamente Vassouras na rua passando, tomar umas e outras e cair no passo..."

- Ah... Fazer a maior festa de forma bem calorosa, ao encontrar um conterrâneo em outro estado ou país;

-Morar em outro estado ou país e não perder o sotaque pernambuquês;

- É encher o peito pra cantar: "... eu sou mameluco, sou de Casa Forte, sou de Pernambuco, eu sou o Leão do
Norte...”;

- É ser original, alegre, receptivo e solidário;

- É você perguntar onde fica o local tal e ser bem orientado por qualquer pernambucano

- É valorizar a cultura popular, apreciar suas belas praias, é ser um cabra da peste!!!!!!!!!

- É ser muito sortudo por nascer numa terra tão linda como essa;

- E fazer qualquer coisa por um taquinho de rapadura e/ou queijo coalho quando reside fora de Pernambuco;

- Se você reside fora do estado, é recomendar aos filhos omitirem o fato de serem Pernambucanos para não humilhar os colegas;

- Tomar café da manhã (macaxeira com charque) no Mercado da Madalena depois da noitada;

- Adorar o tempero da comida pernambucana: Buchada, Chambaril ,Mão-de-Vaca,Rabada, Vaca atolada, Sururu, Caranguejo, Carne de Bode,Carne-de-Sol, Feijoada, Dobradinha, etc.

- Nunca usar artigo na frente de nome próprio: nada de A Maria, ou O Recife... (PARA OS CARIOCAS, PAULISTAS, ETC, QUE ESTÃO LENDO)

- Saber o significado das palavras "pirangueiro", "pantim", "mangar" e"lascou"

- Chamar Paínho e Maínha p/ visitar Voínho e Voínha;

- Falar visse no final de cada frase;

- Dizer: "É rocha !" , "É porque não dá mermo", "Di cumforça", "digaí", “ta ligado!?", “oxente" entre outras...
PENSE NUMA TERRA ARRETADA DE BOA!

ACHO ATÉ QUE VOCÊ PODE TIRAR UMA PESSOA DE PERNAMBUCO, MAS NUNCA PODERÁ TIRAR PERNAMBUCO DE UMA
PESSOA!

sexta-feira, 6 de março de 2009

Revolução Pernabucana- 06/03/1789


Após a vinda da família real para o Brasil em 1808, a colônia passou a ter o caráter da metrópole, provocando também, uma mudança no perfil socioeconômico brasileiro. As novas políticas de D. João se concentravam somente na região centro-sul do Brasil, resultando na insatisfação dos habitantes de outras regiões. Além disso, os militares brasileiros estavam bastante insatisfeitos com a política de D. João, que privilegiava os militares portugueses, dando a estes os melhores postos da oficialidade.

A região Nordeste era a mais insatisfeita. A crise da produção do açúcar aliada à Grande seca, de 1816, fez com que a região ficasse muito debilitada economicamente. Com a independência dos EUA e de algumas colônias espanholas, os pernambucanos, sob influência dos ideais iluministas, organizaram um movimento emancipacionista; a última tentativa de independência antes de 1822.

O movimento foi liderado por Domingos José Martins, Antônio Carlos de Andrada e Silva e Frei Caneca. Alimentada por um forte sentimento de patriotismo, a revolta se espalhou por outros Estados, como Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba. Foi instalado um governo provisório, o qual aboliu alguns impostos e estabeleceu uma Constituição onde asseguravam princípios iluministas, como liberdade de expressão e igualdade de todos perante a Lei.

Dois meses após o surgimento do movimento, o governo português cercou Recife, a capital pernambucana, por mar e terra, resultando no desespero dos revolucionários e no fim do movimento.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009


A Bandeira de Pernambuco foi originada na revolução de 1817, sendo oficializada em 1917, na comemoração do centenário da mesma revolução, pelo Governador Manuel Antônio Pereira Borba.


A cor azul do retângulo superior simboliza a grandeza do céu pernambucano; a cor branca representa a paz; o arco-íris tricolor (verde, amarelo, vermelho) representa a união de todos os pernambucanos; a estrela caracteriza o estado no conjunto da Federação, que na bandeira nacional é representado por Denebakrab; o Sol é a força e a energia de Pernambuco; finalmente, a cruz representa a fé na justiça e no entendimento.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

João Cabral de Melo Neto


"...E não há melhor resposta
que o espetáculo da vida:
vê-la desfiar seu fio,
que também se chama vida,
ver a fábrica que ela mesma,
teimosamente, se fabrica,
vê-la brotar como há pouco
em nova vida explodida;
mesmo quando é assim pequena
a explosão, como a ocorrida;
mesmo quando é uma explosão
como a de há pouco, franzina;
mesmo quando é a explosão
de uma vida severina."


(Morte e Vida Severina)

João Cabral de Melo Neto (9 de janeiro de 1920, Recife – 9 de outubro de 1999, Rio de Janeiro) foi um poeta e diplomata brasileiro. Sua obra poética, caracterizada pelo rigor estético, com poemas avessos a confessionalismos e marcados pelo uso de rimas toantes, inaugurou uma nova forma de fazer poesia no Brasil.

Irmão do historiador Evaldo Cabral de Melo e primo do poeta Manuel Bandeira e do sociólogo Gilberto Freyre, João Cabral foi amigo do pintor Juan Miró e do poeta Joan Brossa. Membro da Academia Pernambucana de Letras e da Academia Brasileira de Letras, foi agraciado com vários prêmios literários. Quando morreu, em 1999, especulava-se que era um forte candidato ao Prêmio Nobel de Literatura.

Josué de Castro


´´No mangue, tudo é, foi ou será caranguejo, inclusive o homem e a lama”

Médico, professor, geógrafo, sociólogo e político, Josué de Castro fez da luta contra a fome a sua bandeira. Nascido em 1908, em Pernambuco, Josué de Castro foi autor de inúmeras obras, apresentando idéias revolucionárias para a época, como os primeiros conceitos sobre o desenvolvimento sustentável.
Josué de Castro foi um homem que estudou a fundo as causas da miséria em nosso país e no mundo e afirmava que ambas eram frutos de uma sociedade injusta. Suas idéias o levaram a ser reverenciado em todo o mundo, com livros traduzidos em mais de 25 idiomas e duas indicações para o Prêmio Nobel da Paz.
Agora, após 30 anos de sua morte, em Paris, o Brasil volta a discutir o problema social da fome e relembra seus artigos, ensaios, palestras e trabalhos científicos. Um resgate da vida e obra deste grande brasileiro defensor da paz, do meio ambiente, de sua gente e que deixou uma história de luta a ser seguida e admirada pelas gerações futuras.